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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Olha o mal dito!! Ai, ai, ai...

Mostrando, mais uma vez, seu amor pelo improviso e analogias, o presidente Lula nos brindou ontem, durante discurso em solenidade onde lançou o Fundo Setorial do Audiovisual, com palavras singelas... e "inaudíveis"...



Segue trecho da reportagem de Fábio William, para o Jornal da Globo de 04/12/08.

"No Rio de Janeiro, o presidente Lula falou longamente sobre a crise. E de forma extravagante. “O que aconteceu com o famoso mercado onipotente? Quando o mercado teve a dor de barriga, e não foi uma dor de barriga simples, foi uma diarréia daquelas, beraba brabas, sabem? Insuportável. Quando o mercado teve essa diarréia, quem é que eles chamaram pra salvá-lo? O estado, que eles negaram durante 20 anos!”, fala Lula.

O presidente criticou os que defendem cortes de despesas e reiterou que o governo manterá os investimentos, mas que controlará os gastos com a máquina pública.

“Nós não vamos investir nenhum centavo em custeio enquanto tiver dificuldade. Nós vamos investir todos os centavos possíveis em coisas produtivas, em coisas que possam gerar emprego, possam gerar distribuição de renda, salário e poder de compra do povo brasileiro”, diz Lula.

O presidente Lula voltou a dizer que o Brasil não quebrou, nem vai quebrar, e explicou porque defende uma postura otimista diante da crise. “Imaginem vocês se um de vocês fosse médico e atendesse um paciente doente. O que quê vocês falariam pra ele? Olha, você tem um problema, mas a medicina já avançou demais, a ciência avançou demais, nós vamos dar tal remédio, você vai se recuperar. Ou você diria? "Meu... Sifu!". Vocês falariam isso, pra um paciente de vocês? Vocês não falariam”, afirma Lula.

Na página da presidência da República, na internet, onde são incluídos, na íntegra, os discursos do presidente, a expressão usada por ele não aparece.

A transcrição diz que o som estava inaudível neste momento."


*

Outras frases preciosas do Presidente, e igualmente inesquecíveis, retiradas do livro "Frases Mal Ditas. A divina comédia de políticos, esportistas, artistas, empresários e outras personalidades" (Legrand. Belo Horizonte: Soler Editora, 2004):

"Minha mãe era uma mulher que nasceu analfabeta" (em discurso no Dia da Mulher)

"A cabeça tem esse formato para que as idéias circulem" (em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros)

"Depois que comecei com a ginástica, meu maior prazer, ao fazer um check up, é humilhar o teste de esforço [sic] na esteira do Incor"

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