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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Efeito Mortal.




Tenho certeza que qualquer adolescente, vendo a propaganda acima, fica encantado com a possibilidade de "pegar" mulher de uma forma fácil só pelo uso do desodorante Lynx (ou Axe, dependendo do país).

Pois é... um garotinho britânico de 12 anos quis conferir os efeitos propagados do desodorante e deu nisso:

Daniel Hurley desmaiou depois de aplicar o produto em excesso no banheiro.

Um garoto britânico de 12 anos morreu de arritmia cardíaca depois de exagerar na aplicação de desodorante dentro do banheiro de sua casa.

Daniel Hurley desmaiou devido ao excesso de solvente e morreu cinco dias depois no hospital.

Daniel havia inalado o desodorante Lynx Vice, comum no país. A embalagem traz um aviso contra o uso excessivo do produto e diz que o desodorante deve ser usado em locais bem ventilados.

O garoto, de Sandiacre, Derbyshire, na Inglaterra, foi encontrado pelo pai, Robert Hurley, desmaiado no banheiro, segundo o inquérito do legista, concluído na quinta-feira.

Segundo o pai, Daniel gostava de usar gel e desodorante e costumava borrifar também suas roupas.

O médico Andrew Hitchcock, que examinou Daniel, disse que não havia evidência de que ele havia usado álcool ou algum tipo de droga, e o legista Robert Hunter registrou um veredicto de morte acidental.

O legista se disse satisfeito com o nível de alerta que a Unilever, empresa que produz o desodorante Lynx Vice, fornece na embalagem do produto.

E afirmou que as pessoas devem ler embalagens e conhecer os riscos dos produtos que usam.

BBC Brasil. Em: http://noticias.br.msn.com/artigo_bbc.aspx?cp-documentID=13625253

Interessante é a opinião do legista... como se todos lessem todo o rótulo das embalagens... Enfim, seria interessante que uma informação deste tipo, que concerne à saúde do usuário, fosse mais propagada, ao invés de só os "efeitos" com as mulheres...




quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Queen e Paul Rodgers no Brasil!

Essa semana, o Queen e Paul Rodgers farão shows aqui no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Exatamente hoje, será o primeiro dessa tour na terrinha. E estou triste por não ir ao show e ver essa nova formação da minha banda predileta ever!!

Eu sei, não é com o Freddie Mercury... inevitável a comparação... mas o Paul Rodgers detona também. Parece até que o Queen era só Freddie... longe disso! Aquela formação foi um encontro abençoado, de feras, um quarteto que se completava... eram perfeitos juntos! Tanto que, nas suas investidas solo, Freddie não teve o sucesso que conseguiu com a banda. Ele era genial, mas com os outros, era mágico, perfeito! Freddie no vocal e piano; Deacon no baixo; Taylor no vocal e bateria; May no vocal e guitarra... ♪ It's a kind of magic! ♪

Os outros integrantes têm direito de continuarem a fazer o que sabem de melhor: o bom e velho rock and roll!! E como eles mesmo disseram já, e parece que estou escutando a voz do Freddie cantando: "the show must go on!"

Enfim... pensei em colocar aqui também um vídeo de duas apresentações: uma com o Freddie, e outra, com o Paul. Não vou fazer isso. É uma nova fase. Celebremos a isso! Bem vindo, Paul!!

Aí vai uma das novas músicas deles, "C-lebrity":

domingo, 23 de novembro de 2008


Fotografia do mosaico chamado de "A casa do poeta trágico, em Pompéia", o qual retrata romanos encenando um drama grego. Originalmente localizado no tablinium, ou no cômodo principal de uma casa da Roma Antiga, está hoje no Museu Arqueológico Nacional, de Nápoles, Itália.

Fotógrafo: O. Louis Mazzatenta

Crédito: National Geographic

sábado, 22 de novembro de 2008

40 aninhos!



Hoje, o álbum "The Beatles", ou "White Album", como ficou mais conhecido, faz 40 anos de seu lançamento. E a comemoração veio acompanhada com o perdão papal dado ao John Lennon ontem, pelo fato dele ter dito que "os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo".

O nono registo do quarteto de Liverpool é até hoje considerado um dos melhores discos da história da música e o mais vendido da carreira da banda.

A inspiração por trás do álbum nasceu numa viagem dos Beatles à Índia, para um retiro espiritual.

As conturbadas gravações decorreram nos históricos estúdios da Abbey Road entre Maio e Outubro de 1968 e foram curiosamente as primeiras que contaram com a presença de Yoko Ono (tinha que ser, né? ...), a futura esposa de Lennon, que acabaria por estar presente em todas as sessões de estúdio até a separação da banda, dois anos depois.

Por esta altura, os quatro Beatles já não demonstravam o espírito colectivo que marcou as suas anteriores gravações. Por vezes, McCartney gravava sozinho num estúdio e Lennon, também sozinho, em outro estúdio, usando cada um as técnicas que lhes apetecia. O produtor George Martin acabou mesmo por deixar de trabalhar no disco, deixando Chris Thomas no comando. Mais tarde, também o engenheiro de som Geoff Emerick, que trabalhava com o grupo desde "Revolver", abandonou a pós-produção do disco, justificando a saída com a deterioração das relações dentro da banda. Pelo meio, o próprio baterista Ringo Starr deixou o estúdio afirmando que o seu papel era minimizado face aos seus companheiros. Os restantes Beatles imploraram a Starr que voltasse, o que o músico fez duas semanas depois. Durante esse período, McCartney gravou a bateria de 'Back in the USSR' e os três músicos repartiram a secção de ritmo, baixo e bateria, de 'Dear Prudence'.

Quanto aos convidados, passaram pelo estúdio Eric Clapton e Nicky Hopkins, que acabaram por não vir creditados no disco.

O resultado? Um álbum duplo com 30 temas no total, entre eles, 'Happiness is a Warm Gun', 'Ob-La Di, Ob-La-Da', 'I'm So Tired', 'Blackbird', 'Sexy Sadie', 'Helter Skelter', 'Honey Pie', Good Night', 'While My Guitar Gently Weeps', e a lista podia continuar.

Como qualquer grande obra de arte, o disco é associado freqüentemente com mitos e lendas populares. A mais curiosa defende que Paul McCartney morreu em 1966 e foi substituido por um sósia, devido à frase «Paul is dead (Paul está morto)», que pode ouvir-se em reverse no final de 'I'm So Tired'.

Fonte: Cotonete.clix.pt

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Adeus.


Hoje, uma tia minha morreu. Ela já vinha bem doente, mas mesmo assim, sua morte foi uma surpresa pra mim... "poxa, Tia Carminha é imortal!", eu pensei. Vou explicar o porquê disso: ela já superou dois cânceres e muitos períodos de doenças, que, inclusive, deixaram seqüelas. Mas ela sempre saía, nem sempre ilesa, mas viva. Eu não convivi muito com ela, mas ela deixou memórias fortes, assim como a própria.

Enfim, estou escrevendo isso porque passei por uma situação estranha. No velório, ao me deparar com seu corpo no caixão, de sentir sua pele gélida, ao mesmo tempo que meus olhos marejaram, eu sorri. E fiquei sorrindo olhando pra ela. Depois pensei: "nossa, vão pensar que sou insensível ou algo do tipo". Daí, comecei a pensar o motivo do meu riso. Lembrei-me que foi essa minha tia quem fez meu vestido de formatura do antigo 2º grau, hoje, ensino médio. Lembrei também da imagem dela, uma senhora magrinha de dar agonia (sua estrutura aliada ao bombardeio de doenças e remédios) mas com um olho extremamente vivo, voz estridente e um sorrisão estampado no rosto. Também me veio à memória o fato de que ela realizou seu maior sonho, conhecer a França, depois dos cânceres, sessões devastadoras de quimioterapia/radioterapia, e outras coisas que poderiam atrapalhar sua disposição. Aliás, ela sempre alternava estadias em hospitais com viagens de visitas aos parentes espalhados por aí e, claro, um pouco de turismo, porque ninguém é de ferro! Nem ela!

Então eu descobri a razão do meu sorriso. O legado que uma pessoa pode deixar são as emoções que ela provoca nas pessoas que a rodeia. Tá certo que tem gente que parece que vem com uma missão especial, tipo, identificar a força da gravidade ou a cura para alguma doença. Mas para nós, pessoas "normais", podemos conseguir um pouco da imortalidade (sem pensar na questão religiosa ou científica) através dos sentimentos que despertamos nos outros e que serão revividos e relembrados por segundos, minutos, ou até anos. Ficamos na memória das pessoas. Como são importantes as nossas relações inter-pessoais! Fico pensando, agora levada por minha fé, no que Jesus disse sobre o resumo da Lei, ou seja, a síntese dos 10 mandamentos, a questão mais importante, que era "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Talvez não seja só um conselho religioso para alcançar graça aos olhos do Pai ou a vida eterna, tampouco uma regra de moral ou boa conduta social. Quem sabe não é uma parte integrante da imortalidade?

Para encerrar, vou colocar um trecho de uma música do Elton John, a "Your Song" (tadinho dele, parece que tem vocação para trilha sonora fúnebre), que gosto muito e que gostaria de que, quando chegar a minha hora, as pessoas lembrassem de mim assim:

I hope you don't mind
I hope you don't mind

That I put down in words
How wonderful life is

While you're in the world




quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dia da Consciência Negra.

Hoje, 20 de novembro, é o Dia da Consciência Negra, e feriado em mais de 200 municípios brasileiros. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

Pensei em postar várias coisas aqui, mas li um post no Blog "do Contra" que me fez entender que as minhas idéias até então eram até fúteis em relação às questões levantadas naquele texto. Já que este dia seria para um reflexão, vamos a ela:

"Longe de mim falar mal de um feriado. Afinal, também sou brasileiro e o brasileiro, como dizia Nelson Rodrigues, "é um feriado". Mas certas coisas não podem passar em branco (sem trocadilho). O Dia da Consciência Negra, que se celebra hoje em todo o Brasil, sendo feriado oficial em mais de 200 municípios, é uma dessas datas, como a Semana Santa e o 12 de outubro (Dia de N. Senhora Aparecida), que nos fazem pensar. E não somente pelo simbolismo da efeméride - uma homenagem ao líder da mais famosa revolta escrava da História do Brasil, Zumbi dos Palmares -, mas principalmente porque, assim como aquelas duas outras datas me fazem duvidar do caráter laico do Estado brasileiro (desde 1889, o Brasil não tem religião oficial; logo, por que um feriado oficial em homenagem a uma santa católica?), uma data como a de hoje levanta dúvidas sobre a própria essência da nacionalidade. Sobre o que somos, enfim, e sobre que tipo de nação queremos ser.

Em primeiro lugar, por que Dia da Consciência Negra? Sabemos que dizer quem é negro ou não no Brasil, devido à miscigenação que, queiramos ou não, é nossa marca registrada, é uma tarefa das mais difíceis, responsável por enormes dores de cabeça aos recenseadores do IBGE. Como afirma Gilberto Freyre - um autor tão atacado quanto pouco lido pelos militantes da "negritude" e da esquerda em geral -, não houve, por essas bandas, um processo de segregação racial como ocorreu, por exemplo, nos EUA ou na África do Sul. Pelo contrário: o escravo negro desempenhou, aqui, um papel na formação cultural do País sem paralelo com o que teve nesses outros lugares, onde permaneceu quase sempre separado e mantido à distância pela população branca. Aqui, até mesmo pela violência e perversão sexual inerentes à escravidão, os sinhozinhos, eles mesmos bem pouco puros racialmente (filhos de portugueses, que por sua vez se tinham misturado com árabes e berberes, romanos e celtíberos), refestelaram-se transando com as negras (e índias, e mulatas, e caboclas, e cafuzas, e por aí vai), resultando numa população racialmente tão indefinida quanto a sexualidade de um padre. Paralelamente à essa mistura de raças, a influência da cultura da senzala - sua música, culinária, religião, língua etc. - se fez sentir na casa-grande, a ponto de Freyre afirmar, por exemplo, que, culturalmente, somos mais africanos do que europeus (fenômeno facilmente observável; basta verificar quais os ritmos que fazem mais sucesso nas festas de classe média: o funk, o rap, o hip-hop, o samba, ou a ópera e a valsa vienense?). Daí ser tão difícil, para não dizer impossível, classificar o brasileiro em termos raciais. (Eu, por exemplo, descendente de portugueses e índios do alto sertão potiguar, já fui confundido até com vietnamita... Se me perguntarem a que raça pertenço, respondo: à raça humana). Sem falar que "afro-descendente", o termo preferido dos politicamente corretos para se referir aos que, como disse certa vez um ex-presidente da República, têm um pé na cozinha, é algo tão insólito quanto dizer que alguém é "descendente de Eva" - sendo o continente africano, segundo as pesquisas arqueológicas mais recentes, o berço da espécie humana e da civilização, somos todos, portanto, afro-descendentes. Somos um povo mestiço, caboclo, misturado, vira-lata. Então, para que um Dia da Consciência Negra? Não seria melhor dizer Dia da Consciência Nacional, simplesmente?
A insistência em enxergar a realidade brasileira pelo prisma da divisão racial - e não social ou cultural, como deveria ser o caso - é parte da ideologia e do programa antropológicos de ONGs e grupos pertencentes ao chamado movimento "negro" no Brasil. Tal movimento, surgido nas periferias das grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador por volta dos anos 70 do século passado, tem por objetivo inculcar na sociedade brasileira uma visão bicolor - e racista -, na contramão do elogio da miscigenação feito por Gilberto Freyre, o pai da idéia da "democracia racial" brasileira, que esses militantes tanto contestam. Ninguém questiona que a democracia racial brasileira está longe de ser perfeita (aliás, existe alguma coisa perfeita neste mundo?), nem que há preconceito e discriminação raciais, camuflados sob um véu de cordialidade. Ninguém também nega que a questão social entre nós é e sempre foi uma calamidade nacional e que, por causa de nossa cultura escravocrata, negro no Brasil é quase sinônimo de pobre e favelado. Ninguém nega isso. O problema está na percepção de que essas desigualdades decorrem tão-somente de uma questão de raça, como se fosse a cor da pele ou o tipo de cabelo o elemento definidor da posição social - e da nacionalidade. Tal conceito, eminentemente racista e discriminatório, está na raiz, por exemplo, do sistema de cotas nas universidades, o qual paradoxalmente apenas oficializou o racismo, instituindo um tribunal de "pureza racial" para definir quais alunos seriam, e quais não seriam,"afro-descendentes" - algo que só pode gerar confusão e injustiças, como vem ocorrendo, por exemplo, na UnB.

Outra questão geralmente levantada pelos "militantes negros" - verdadeiros guerrilheiros da raça, prontos para enquadrar criminalmente qualquer professor universitário que tiver a audácia de chamar alguém de "crioulo", por exemplo, mas não o atual presidente da República - é que a data de 20/11 vem "resgatar a memória da luta dos negros contra a escravidão". Aqui sou obrigado mais uma vez a discordar dos companheiros. Novamente, por razões históricas: em primeiro lugar, quem disse que a escravização de outros povos foi exclusividade dos europeus? A instituição da escravidão existiu na Antigüidade, do antigo Egito à Grécia e Roma, tendo sido retomada, a partir do século VIII d.C., pelos conquistadores árabes no Norte e Leste da África. Para quem não sabe, foram eles, os mouros (árabes e africanos negros) que a introduziram na Europa, via Península Ibérica, e a mantiveram até o século XIX (a primeira guerra que os EUA travaram fora de seu território, por exemplo, foi contra os mercadores de escravos árabes da Berbéria, onde hoje é a Argélia, no começo do século XIX). Durante séculos, o Império Otomano - a Turquia atual - importou escravos e escravas de pele branca e olhos claros de suas possessões do Leste Europeu e do Cáucaso para seus exércitos e haréns. Quando os portugueses começaram a traficar escravos na costa ocidental da África, no século XV, não estavam inventando nada novo: estavam apenas transferindo para o Atlântico uma prática usual no interior do continente africano. Até hoje, aliás, a prática da escravidão continua em certas partes do continente, como o Sudão. Logo, historicamente, a escravidão não foi invenção dos europeus, nem tem nada a ver com raça. Daí o absurdo do gesto teatral do presidente da República pedindo "desculpas" aos africanos pela escravidão no Brasil, algo que só pode ser compreendido como fruto de ignorância histórica - ou de demagogia mesmo.

Até no Brasil, o último país do Ocidente a abolir essa prática vergonhosa, a escravidão acabou transcendendo as barreiras raciais. Há registros de mulatos e até ex-escravos que eram, eles mesmos, donos de escravos. O próprio Quilombo dos Palmares, tido como inspirador do 20/11, não contava, entre seus moradores, apenas com ex-escravos negros fugidos. Havia, entre eles, também muitos índios, bem como numerosos mestiços e até mesmo alguns brancos pobres em busca de terras. Até hoje, quem for a alguma comunidade quilombola não terá muita dificuldade em encontrar, entre seus habitantes, alguém de cabelo liso e pele clara.

As origens de tanto mal-entendido e tanta confusão não são muito difíceis de traçar. Embora se pretenda, com a data, ressaltar um aspecto importante do caráter nacional brasileiro, a idéia por trás do Dia da Consciência Negra é alienígena: vem dos movimentos pelos direitos civis nos EUA dos anos 50 e 60, com Martin Luther King à frente, reforçado, depois, pela luta contra o apartheid na África do Sul. Em que consiste essa idéia? Basicamente, no resgate das tradições e do orgulho da população negra oprimida nesses países - o black power e o black is beautiful - brandido pelos negros norte-americanos. Nesses países, a população negra era segregada nas escolas e obrigada a viver em guetos longe dos bairros brancos. Transmudado em solo pátrio, o "orgulho negro" tornou-se uma espécie de "grito dos excluídos" com tintas raciais. Daí porque a frase da Ministra da Integração (sic) Racial, Matilde Ribeiro -, "Não é racismo quando um negro odeia um branco" - não deveria surpreender ninguém.

A data que hoje se comemora no Brasil veio substituir a que era celebrada anteriormente como a da libertação dos escravos - o 13 de maio, data da Lei Áurea, proclamada pela Princesa Isabel em 1888. Tal data era considerada, e ainda o é, "elitista" e "branca" demais pelos grupos de militantes negros. Estes precisavam de uma data que marcasse mais fortemente as lutas dos afro-brasileiros contra a escravidão e a discriminação de que ainda seriam vítimas. Faltava apenas encontrar uma figura histórica que pudesse ser considerada um símbolo e um herói dessa resistência: Zumbi dos Pa lmares. Processou-se, desse modo, aquilo que o professor Demétrio Magnoli chamou de "abolição da Abolição": de momento fundamental da História nacional, a Abolição passou a ser vista como uma farsa, e a Princesa Isabel, de Redentora, passou a ser ridicularizada. Por sua vez, os principais vultos da campanha abolicionista, como Joaquim Nabuco, Castro Alves, Luís Gama e José do Patrocínio (os dois últimos, aliás, mulatos), foram relegados ao esquecimento histórico, passando, de heróis e símbolos da luta pelo fim da escravatura, à condição de quase vilões, verdadeiros usurpadores dessa causa sagrada. O resultado é que, hoje, as crianças desconhecem completamente a verdadeira epopéia que foi o movimento abolicionista do final do século XIX, enquanto aprendem a reverenciar Zumbi e Malcolm X.

O processo de construção/mistificação histórica que r esultou na oficialização do Dia da Consciência Negra seguiu um padrão bem conhecido. Aconteceu, com Zumbi, algo parecido com o que ocorreu com a figura de Tiradentes após a proclamação da República: inicialmente rebeldes, tornaram-se, com a ascensão de novos interesses, símbolos da ordem política e social que se tentou implantar. No caso de Tiradentes, a iconografia oficial buscou na imagética religiosa sua fonte de inspiração, tratando de representá-lo como um Cristo redivivo, de barba e cabelos longos, tão sugestivo como historicamente improvável (associação semelhante se fez com Che Guevara, com proporções bem maiores). O mesmo com Zumbi dos Palmares. Figura semi-lendária, como quase todos os mitos nacionais, tornou-se, de líder de escravos rebelados, em um símbolo de orgulho e pureza racial, algo completamente estranho à própria constituição física do brasileiro. Como tal, sua imagem foi encampada pelos grupos e partidos de esq uerda, sobretudo o PT (não por acaso, uma das siglas que pegaram em armas contra a ditadura militar nos anos 60 e 70, da qual participou, entre outros, a atual Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chamava-se Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares).

Houve uma época em que os brasileiros, com vergonha de serem mestiços, queriam "embranquecer" a si mesmos. Hoje, continuamos com vergonha do que somos, mas não vemos nenhum mal em querer "enegrecer" o país. Ao se propor a celebrar a pureza de raça em um país de mestiços, o Dia da Consciência Negra é um contra-senso. Algo tão sem sentido quanto celebrar o Dia da Consciência Alemã ou Coreana, por exemplo. Mas, num país em que ONGs denunciam o "genocídio" de homossexuais e que tem, ao mesmo tempo, a maior parada do orgulho gay do mundo, isso não deveria surpreender."



Ahhh, é claro que não podia deixar de postar algo engraçado... e encontrei no mesmo post daí de cima... taí uma foto massa!



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Estilo em Londres.


Almoço no Star Café, Great Chapel Street, distrito de Soho. Fotógrafo: John Kernick.



Ônibus de dois andares (double-decker buses), ícone londrino, passando em frente do Big Ben.
Fotógrafo: Jonh Kernick.

Créditos: National Geographic.



Wallpaper do Baixaqui.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

TV Batmobile

Um grande astro dessa coleção 2007 First Editions, Hot Wheels, Mattel: o Batmóvel 1966, do seriado!!

Custom '53 Chevy

Exemplar da série 2007 First Editions, Hot Wheels, Mattel.

1963 Corvette

Miniatura da Hot Wheels, Mattel, série Hot Wheels Stars.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Capas de Jornais Esportivos Portugueses.

Estava eu a olhar algumas capas de jornais, quando me deparo com uma do Jornal Record, de Portugal, que muito me chamou a atenção... foi essa:O Liedson aí tá com "fome de bola" mesmo.... Daí, comecei a procurar outras no mesmo estilo... e só melhorou:


As melhores agora:


Medo do Ricardo nessa foto... está parecendo um proctologista sadista...

domingo, 16 de novembro de 2008

Shelby Cobra 427 S/C Pink!!!!

Miniatura super hiper mega especial dessa linha do Shelby, Hot Wheels Stars, pelo simples fato de ser um super carro na cor pink metálico!!! Muito fofo!

A vida do Sylvester Stallone...



* Desenho em espanhol.

sábado, 15 de novembro de 2008

República! Quantos anos mesmo?


Oh, a República do Brasil está fazendo niver hoje!! 119 aninhos! Vida conturbada, é verdade, mas dizem que só crescemos e amadurecemos passando "perrengue", né? Nossos políticos levam essa filosofia a sério...
Comemoremos essa data de olho na solidificação da nossa democracia, que só será possível com o fortalecimento de nossas instituições... que não andam inspirando muita confiança...

"Pérolas" das Eleições 2008.




quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jerry, divertindo-se sem o Tom.

Po e Mestre Shifu


Bonecos do McLanche Feliz, da McDonald's.

Eve e Wall-e





O casal mais fofo do ano!

Indiana Jones encontrou a Arca Perdida!




Celular fofo!

1968 Mercury Cougar

Exemplar do Hot Wheels Stars, Mattel.


Shelby Cobra 427 S/C

Essa miniatura é do Hot Wheels - Revealers, Mattel. Lindona!! ^^





'40 Cadillac Fleetwood Series 75

Essas fotos são do exemplar da Coleção For Sale, da Jada Toys e importada pela Candide. São miniaturas de carros detonados mesmo, com ferrugem e tal... interessante!




'59 Volkswagen Beetle

O Famoso "Fusquinha, velho de guerra" ganha um modelo em miniatura na Coleção For Sale, da Jada Toys e importada pela Candide. Todos os exemplares dessa série estão como se "enferrujados", bem depauperados... hahaha... nada que o "Pimp my ride" não resolva.... ;)



É um besouro mesmo!