Hoje, o álbum "The Beatles", ou "White Album", como ficou mais conhecido, faz 40 anos de seu lançamento. E a comemoração veio acompanhada com o perdão papal dado ao John Lennon ontem, pelo fato dele ter dito que "os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo".
O nono registo do quarteto de Liverpool é até hoje considerado um dos melhores discos da história da música e o mais vendido da carreira da banda.
A inspiração por trás do álbum nasceu numa viagem dos Beatles à Índia, para um retiro espiritual.
As conturbadas gravações decorreram nos históricos estúdios da Abbey Road entre Maio e Outubro de 1968 e foram curiosamente as primeiras que contaram com a presença de Yoko Ono (tinha que ser, né? ...), a futura esposa de Lennon, que acabaria por estar presente em todas as sessões de estúdio até a separação da banda, dois anos depois.
Por esta altura, os quatro Beatles já não demonstravam o espírito colectivo que marcou as suas anteriores gravações. Por vezes, McCartney gravava sozinho num estúdio e Lennon, também sozinho, em outro estúdio, usando cada um as técnicas que lhes apetecia. O produtor George Martin acabou mesmo por deixar de trabalhar no disco, deixando Chris Thomas no comando. Mais tarde, também o engenheiro de som Geoff Emerick, que trabalhava com o grupo desde "Revolver", abandonou a pós-produção do disco, justificando a saída com a deterioração das relações dentro da banda. Pelo meio, o próprio baterista Ringo Starr deixou o estúdio afirmando que o seu papel era minimizado face aos seus companheiros. Os restantes Beatles imploraram a Starr que voltasse, o que o músico fez duas semanas depois. Durante esse período, McCartney gravou a bateria de 'Back in the USSR' e os três músicos repartiram a secção de ritmo, baixo e bateria, de 'Dear Prudence'.
Quanto aos convidados, passaram pelo estúdio Eric Clapton e Nicky Hopkins, que acabaram por não vir creditados no disco.
O resultado? Um álbum duplo com 30 temas no total, entre eles, 'Happiness is a Warm Gun', 'Ob-La Di, Ob-La-Da', 'I'm So Tired', 'Blackbird', 'Sexy Sadie', 'Helter Skelter', 'Honey Pie', Good Night', 'While My Guitar Gently Weeps', e a lista podia continuar.
Como qualquer grande obra de arte, o disco é associado freqüentemente com mitos e lendas populares. A mais curiosa defende que Paul McCartney morreu em 1966 e foi substituido por um sósia, devido à frase «Paul is dead (Paul está morto)», que pode ouvir-se em reverse no final de 'I'm So Tired'.
Fonte: Cotonete.clix.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário